A China está liderando uma das maiores iniciativas globais de energia renovável ao construir um gigantesco complexo de captação de energia solar que se estenderá por milhares de quilômetros. Conhecido como “Grande Muralha Solar”, esse projeto visa não apenas fornecer eletricidade limpa para milhões de pessoas, mas também combater a desertificação e revitalizar regiões afetadas pelo clima árido. A previsão é que essa enorme instalação possa abastecer a região de Pequim, que conta com cerca de 22 milhões de habitantes.
O Projeto da “Grande Muralha Solar”
A localização escolhida para esse projeto visionário foi o Deserto de Kubuqi, situado na região autônoma da Mongólia Interior. Antes conhecido como o “mar da morte”, Kubuqi vem sendo transformado por meio da instalação de painéis solares em larga escala.
A escolha do local se deu por fatores estratégicos como terreno plano, alta incidência de luz solar e proximidade com centros industriais. Segundo a NASA, os painéis estão sendo instalados em uma faixa de dunas ao sul do Rio Amarelo, entre as cidades de Baotou e Bayannur. Essa localização favorece não apenas a geração de energia, mas também a logística para transporte e distribuição.
Impacto na Geração de Energia
Com a conclusão prevista para 2030, a “Grande Muralha Solar” terá impressionantes 400 quilômetros de extensão e 5 quilômetros de largura. Segundo a NASA, o complexo terá capacidade de gerar 100 gigawatts de energia, volume suficiente para abastecer Pequim. Para efeito de comparação, atualmente cerca de 5,4 gigawatts já estão operacionais.
Uma das fazendas solares do complexo, a Central Solar de Junma, concluída em 2019, entrou para o Guinness Book ao estabelecer um recorde de 2 bilhões de quilowatts-hora gerados anualmente. Essa quantidade de eletricidade é suficiente para atender entre 300 mil e 400 mil pessoas ao ano. O projeto demonstra não apenas a grandiosidade da iniciativa chinesa, mas também sua capacidade de liderar a transição energética global.
Em junho de 2024, a China ocupava a liderança mundial na capacidade operacional de parques solares, com impressionantes 386.875 megawatts de energia gerada. Isso representa cerca de 51% do total global, conforme dados do Global Solar Power Tracker do Global Energy Monitor. Para efeito de comparação, os Estados Unidos ocupam o segundo lugar com 79.364 megawatts (11%), seguidos pela Índia com 53.114 megawatts (7%).
Combate à Desertificação
Além da geração massiva de energia, o projeto também se propõe a combater um grave problema ambiental: a desertificação. O Ministério do Meio Ambiente define a desertificação como a degradação ambiental em zonas áridas e semiáridas, impulsionada por mudanças climáticas e atividades humanas.
No caso do Deserto de Kubuqi, a instalação de painéis solares ajuda a estabilizar as dunas de areia, reduzindo o movimento dessas estruturas e minimizando a velocidade dos ventos. A sombra dos painéis também diminui a evaporação da água do solo, criando condições mais favoráveis ao crescimento de vegetação. Em algumas áreas, a sombra proporcionada pelas placas solares tem facilitado o cultivo de pastagens.
Segundo a NASA, projetos semelhantes já demonstraram que a geração de energia solar pode contribuir significativamente para a ecologização de desertos. Imagens de satélite revelam transformações visíveis no Deserto de Kubuqi, com registros de dezembro de 2017 e dezembro de 2024 mostrando mudanças expressivas na paisagem.
Conclusão
A “Grande Muralha Solar” representa um marco histórico na geração de energia renovável e na luta contra a desertificação. Com um impacto ambiental positivo e uma capacidade impressionante de produção de energia, o projeto destaca a China como líder global na transição para fontes sustentáveis de eletricidade. Além de fornecer energia para milhões de pessoas, a iniciativa também contribui para tornar regiões inóspitas mais habitáveis e produtivas.
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