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Buraco negro 36 bilhões de vezes maior que o Sol é descoberto por brasileiro

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Buraco negro ultramassivo com 36 bilhões de massas solares é descoberto por brasileiro

A maior descoberta astronômica do Brasil até hoje?

Um dos maiores buracos negros já registrados foi descoberto recentemente e o responsável é um cientista brasileiro. Carlos Melo-Carneiro, doutorando no Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), liderou um estudo que identificou um buraco negro com incríveis 36 bilhões de vezes a massa do Sol. A descoberta está disponível no repositório científico arXiv e aguarda revisão por pares.

Esse verdadeiro monstro cósmico está localizado no centro da galáxia LRG 3-757, a aproximadamente 5,7 bilhões de anos-luz da Terra. A galáxia faz parte de uma estrutura conhecida como Ferradura Cósmica, uma formação rara resultante do fenômeno de lente gravitacional.

 

O que é a Ferradura Cósmica?

A Ferradura Cósmica é um exemplo notável de lente gravitacional, um efeito previsto pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Nele, a gravidade de uma galáxia massiva distorce e amplia a luz de uma galáxia ainda mais distante, criando um padrão de arco ou anel, conhecido como Anel de Einstein.

Esse efeito foi essencial para a equipe de astrônomos calcular a massa do buraco negro, mesmo sem ele estar ativo. Segundo Melo-Carneiro:

“Observamos os efeitos gravitacionais que ele (e sua galáxia hospedeira) causaram na luz de uma galáxia ainda mais distante, alinhada com nossa linha de visão, atrás da Ferradura Cósmica.”

 

Existe algum risco para a Terra?

Felizmente, não há qualquer motivo para preocupação. O buraco negro está tão distante — cerca de 5 x 10²² quilômetros — que não há chance de ele afetar a Terra ou a Via Láctea. Segundo o pesquisador:

“Esse número é tão imenso que é difícil até conceber sua magnitude. Estamos absolutamente seguros.”

 

Galáxia LRG 3-757: uma gigante no Universo

A galáxia onde esse buraco negro reside é extremamente massiva, com cerca de 100 vezes a massa da Via Láctea. Embora buracos negros supermassivos sejam comuns em galáxias grandes, um buraco negro com essa escala — classificado como ultramassivo — é extremamente raro e intrigante.

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Como um buraco negro pode crescer tanto?

A massa descomunal do UMBH (Buraco Negro Ultramassivo) desafia teorias convencionais. Geralmente, a massa de um buraco negro se correlaciona com a velocidade das estrelas ao seu redor, segundo a equação MBH–σ (sigma). Mas no caso da LRG 3-757, essa relação não se aplica, sugerindo outros fatores no seu crescimento.

Hipóteses sobre sua formação:

  1. Fusões galácticas antigas:
    Galáxias gigantes podem ter colidido, unindo seus buracos negros centrais. O processo, chamado de “limpeza”, diminui a velocidade das estrelas sem afetar a massa do buraco negro.

  2. Núcleos Galácticos Ativos (AGNs):
    Durante fases de crescimento, buracos negros liberam jatos de energia que influenciam a formação estelar. Esse mecanismo pode ter favorecido o crescimento do buraco negro e inibido o nascimento de novas estrelas.

  3. Remanescente de um quasar:
    É possível que esse UMBH seja o vestígio de um quasar superluminoso do início do Universo, acumulando grandes quantidades de matéria em pouco tempo.

  4. Grupo fóssil:
    A galáxia LRG 3-757 pode fazer parte de um grupo fóssil, uma coleção de galáxias que se fundiram há bilhões de anos. Essas estruturas são dominadas por uma única galáxia gigante e têm baixa taxa de formação de novas estrelas.

 

Buraco negro está atualmente “adormecido”

Apesar de sua massa colossal, o buraco negro não está emitindo radiação ou matéria detectável — o que indica que ele está em uma fase adormecida.

“Isso não significa que ele nunca foi ativo. Pelo contrário, sua massa indica que ele já teve períodos de intensa atividade no passado”, afirma Melo-Carneiro.

 

 

Futuro das pesquisas: o papel da missão Euclid

Nos próximos anos, a missão Euclid, da Agência Espacial Europeia (ESA), deve revolucionar a observação de lentes gravitacionais. O telescópio pode descobrir centenas de milhares de novas lentes, permitindo identificar muitos outros buracos negros supermassivos — mesmo que estejam inativos.

“Com a missão Euclid, teremos configurações ideais para continuar estudando e compreendendo como buracos negros ultramassivos se formam e evoluem ao longo do tempo.”

 

Conclusão: o que essa descoberta muda?

A identificação de um buraco negro com 36 bilhões de massas solares reforça como ainda conhecemos pouco sobre os limites do Universo. Esse achado ajuda astrônomos a entenderem melhor a evolução de galáxias, buracos negros e estruturas cósmicas em escalas colossais.

 

💬 E você, o que achou dessa descoberta incrível feita por um brasileiro? Já tinha ouvido falar da Ferradura Cósmica ou de buracos negros ultramassivos? Deixe seu comentário abaixo e participe da conversa!

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