Uma simples pedra escondia uma fortuna e um tesouro científico
Uma das maiores pepitas de âmbar já descobertas no mundo foi usada durante anos como batente de porta por uma idosa na Romênia. A pedra, com 3,5 kg, foi encontrada no leito de um riacho no sudeste do país, nas proximidades da vila de Colți, uma região conhecida por depósitos naturais desse material. Sem saber do valor, a mulher simplesmente levou o pedaço para casa e o utilizou para manter a porta aberta.
Segundo o jornal El País, o achado trata-se de uma das maiores peças intactas de âmbar do tipo “rumanita” — uma variedade típica da Romênia. Avaliada atualmente em cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,6 milhões), a pedra passou despercebida até mesmo por ladrões que invadiram a residência.
A origem e o destino do âmbar valioso
A idosa viveu com a pedra por anos, até seu falecimento em 1991. Posteriormente, um parente que herdou a casa começou a suspeitar que aquela “pedra comum” poderia ser algo mais valioso. Após investigação, ele vendeu a peça para o Estado romeno, que a encaminhou para avaliação no Museu de História de Cracóvia, na Polônia.
Especialistas determinaram que o âmbar possui entre 38 e 70 milhões de anos. Desde 2022, ele está em exibição no Museu Provincial de Buzău, no mesmo condado onde foi encontrado.
Daniel Costache, diretor do museu, afirmou que a descoberta representa um marco para a ciência e a cultura romena:
“Sua descoberta representa uma grande importância tanto em nível científico quanto museológico.”
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O que é âmbar e como ele se forma naturalmente?
O âmbar é uma resina fossilizada de árvores pré-históricas, que se solidificou ao longo de milhões de anos. Ao ser exposta a condições ideais de temperatura, pressão e tempo, a resina endurece e forma um material translúcido e brilhante, com tons que variam do amarelo dourado ao castanho avermelhado.
Durante esse processo, é comum que pequenos organismos, como insetos ou partículas vegetais, fiquem presos na resina — o que torna o âmbar ainda mais valioso para a paleontologia.
Principais propriedades e importância do âmbar
Além do valor estético e comercial, o âmbar tem propriedades únicas que o tornam objeto de interesse científico e cultural:
Fósseis preservados: fragmentos de DNA ou tecidos antigos podem ser estudados.
Propriedades eletrostáticas: quando friccionado, o âmbar atrai partículas leves.
Uso em joias e artefatos históricos: é amplamente utilizado desde a Antiguidade.
Significado simbólico: considerado um amuleto de proteção e cura em diversas culturas.
No caso da pepita romena, o tamanho e o estado intacto a tornam uma relíquia sem paralelos.
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Como o âmbar é produzido e extraído atualmente?
Hoje, o âmbar é obtido principalmente por três métodos:
Mineração: realizada em regiões com sedimentos ricos em âmbar, como a região do Báltico, República Dominicana e Romênia.
Coleta em rios e riachos: como no caso da idosa de Colți, onde o âmbar pode ser carregado por correntes e depositado em margens.
Extração de depósitos marinhos: feita através de dragagem do fundo do mar, especialmente no Mar Báltico.
Após a coleta, o âmbar passa por processos de limpeza, corte e polimento para ser comercializado ou analisado por especialistas.
Uma lição de valor e história escondida
O caso da idosa romena mostra como tesouros inestimáveis podem estar ao nosso redor sem que percebamos. O âmbar, além de sua beleza, guarda segredos milenares da natureza e do planeta — e pode até mesmo mudar a história de uma região.
E você?
Já pensou que algo aparentemente simples na sua casa pode ter um valor histórico ou científico?
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Um comentário
Interessante esse conteúdo,uma pena que a idosa passou a vida toda sendo milionária vivendo a vida de pobre .