A Content Overseas Distribution Association (CODA), organização japonesa de combate à pirataria, anunciou o encerramento das atividades de 15 sites brasileiros que distribuíam animes de forma ilegal. A operação, realizada no início deste mês em várias cidades do estado de São Paulo, contou com o apoio de grandes produtoras como Toei Animation, Toho e Bandai Namco Filmworks.
Visitas diretas para coibir a pirataria
Diferentemente das abordagens tradicionais, que geralmente envolvem notificações formais enviadas pelos Correios, a CODA adotou uma estratégia mais incisiva: advogados da associação visitaram diretamente os endereços residenciais dos responsáveis pelos sites. Essa abordagem visava garantir a interrupção imediata das atividades ilegais, evitando adiamentos ou contestações.
De acordo com dados divulgados, os 15 sites combinados atingiram uma média de 7,95 milhões de visitas mensais entre agosto e outubro de 2024, demonstrando o impacto significativo desses portais no consumo de conteúdo pirata.
Estratégias para driblar a fiscalização
A CODA também revelou como esses sites operavam para escapar da fiscalização japonesa:
“Os donos bloquearam o acesso de endereços de IP japoneses e criaram bloqueios regionais para evitar que a violação fosse descoberta por detentores de direitos japoneses. Então, eles distribuíam os animes para espectadores brasileiros com legendas em português e ganhavam receita com a publicidade de cada site”, informou a associação.”
Principais sites derrubados
Entre os sites encerrados, destacou-se o Bakashi.TV, o terceiro site pirata de animes mais acessado no Brasil, que alcançou impressionantes 9,3 milhões de visitas apenas em outubro de 2024, segundo dados do SimilarWeb. Outros portais notáveis incluem animeshouse.net, subanimes.biz e onepiecex.com.br.
No entanto, ainda não há informações sobre medidas para evitar que novos domínios ou redirecionamentos sejam criados, estratégia comum entre os administradores desses sites para manter as operações no ar.
A popularidade dos sites de animes piratas no Brasil
Os sites de animes piratas são extremamente populares no Brasil devido a vários fatores. Em primeiro lugar, a acessibilidade econômica: muitos brasileiros não possuem recursos financeiros para assinar plataformas de streaming oficiais ou adquirir produtos licenciados. Além disso, a oferta limitada de animes legendados ou dublados em português nas plataformas oficiais é outro motivo que impulsiona o público a buscar alternativas piratas.
Outro fator é a conveniência. Os sites piratas frequentemente disponibilizam episódios logo após sua exibição no Japão, enquanto muitas plataformas oficiais atrasam lançamentos ou restringem a oferta por questões de licenciamento. Assim, o público brasileiro recorre a esses sites para acompanhar as novidades do mundo dos animes sem esperar.
Soluções para combater a pirataria e fomentar o consumo legal
Para que o consumo de animes seja transferido das plataformas piratas para as oficiais, é necessário um conjunto de ações coordenadas:
- Acessibilidade financeira: Reduzir o custo de assinatura das plataformas de streaming ou oferecer planos mais acessíveis para países com menor poder aquisitivo, como o Brasil.
- Aumento no catálogo disponível: Plataformas oficiais devem priorizar a oferta de animes legendados e dublados em português, incluindo os títulos mais populares e novos lançamentos.
- Parcerias locais: Trabalhar em conjunto com empresas brasileiras para distribuir conteúdo japonês, tornando-o mais acessível e atrativo para o público local.
- Educação e conscientização: Promover campanhas que expliquem os prejuízos da pirataria para a indústria e a importância de consumir conteúdo de forma legal.
- Facilidade de acesso: Desenvolver aplicativos e interfaces intuitivas, com recursos que tornem o consumo mais rápido e simples.
Problema crescente na América Latina
A CODA ressaltou que a pirataria de conteúdos japoneses é um desafio crescente na América Latina. Em nota oficial, a associação reforçou a importância de ações como essa para fomentar um mercado legítimo e sustentável para o setor:
“Esperamos que os fãs de conteúdo japonês, como mangá e anime, reconheçam que, ao aproveitar o conteúdo corretamente, o ecossistema de produções japonesas funcionará de maneira saudável e continuará a evoluir.”
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Reflexão: O futuro do consumo de animes no Brasil
O combate à pirataria é um passo importante para proteger a indústria de animes e garantir remuneração justa para os criadores. No entanto, ainda há muito a ser feito para tornar o consumo legal mais atrativo e acessível para o público brasileiro.
O que você pensa sobre a pirataria no Brasil? Que atitudes o governo brasileiro deve tomar para mudar esse quadro e incentivar o consumo legal de conteúdo? Compartilhe sua opinião!
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